segunda-feira, 6 de abril de 2009

Pequeno poema sobre “Os Maias”


N“Os Maias”
Aparecem poucas saias.
Muitos homens importantes...
Muitos deles arrogantes.

Uma boa leitura,
Um bom conhecimento da Literatura.
Um prazer a cada página lida,
Um amor com tendência suicida.

Pedro da Maia teve azar,
Teve-o também o seu filho sem o procurar.
Já Maria Monforte foi traiçoeira,
Acabando por destruir uma família inteira.
Afonso da Maia, um sofredor,
Vendo seu filho entregar-se à dor.

Maria Eduarda,
Por o irmão apaixonada.
Mal sabiam eles o encesto que cometiam,
Quando um para o outro se despiam.

Carlos da Maia, sofrendo de Diletantismo,
Também se deixou levar pelo Romantismo.
Já João da Ega era pelo Naturalismo,
Discutindo com Alencar acerca de Lirismo.

No fundo, muitos foram piegas,
Sofrendo com paixões cegas.
Eusébiozinho, um verdadeiro fraquinho.
Palma Cavalão, como tantos outros,
Era um intrujão.

A família Maia findou em dois irmãos,
Um casal cheio de ambição.
Cheio de ambição um pelo outro,
Com mãe prostituta e pai morto.

Um romance repleto de ironia,
Grande característica de quem o escrevia.
“Não era Eça que tinha ironia.
Era a ironia que o tinha a ele.”

Escrevi este poema apreciador,
Porque gostei de ler o romance deste grande Senhor.
Aconselho o livro a quem dele quiser desfrutar,
Pois aposto que vão adorar (como tantos outros).