sábado, 27 de dezembro de 2008

O meu raio de Sol


O meu raio de Sol já nasceu, mas ainda não chegou à minha vida. Pelo menos, a tempo inteiro não.
Ainda é o Sol que o guarda. O Sol e o Universo. Tentam definir qual o melhor futuro para esse raio. E eu... eu não tenho voto na matéria. Ajo como uma espectadora atenta, esperando pela resposta que me há-de salvar a vida e sanidade mental, ou irá destruir-me completamente.
O Sol guarda-o bem, não haja dúvida. Tornou uma luz ténue numa luz brilhante e risonha. É tão belo o meu raio. Quando olho para ele, não é a sua luz que me ofusca. Não. Essa ilumina-me. O que me ofusca é o amor que sinto ao vê-lo. Os meus olhos atentos, quando o posso contemplar, seguem cada gesto, cada expressão... tudo. Porque é essa a minha obrigação: não perder o meu raio.
Todos nós temos um raio na Vida. Ou vários. Aquele é meu. Mas não sei se o Universo compreende isso... o Sol compreende. Mas não é ele que decide. Simplesmente o guarda para não se apagar a luz.
Luz é sinónimo de Vida. Escuro, sinónimo de Morte. Por isso, se o Universo decidir tirar-me o raio, eu fico no Escuro, acabando por morrer lentamente, sem salvação possível. E eu não quero morrer, simplesmente peço o meu raio. Será assim tão difícil?
Mas cuidar do meu raio não será fácil, pois exige muita atenção. A sua Luz nunca poderá morrer. E não morrerá, porque não vou deixar que isso aconteça. Se ficar com o que me pertence, nenhum de nós irá morrer. Nem eu, nem o raio. O meu raio tem de ficar comigo! Por favor, Universo, sê justo comigo uma vez na vida. Não me apagues a Luz. Quanto ao Sol, tem e terá outros raios para cuidar. Mas eu não tenho nem quero ter outro.
Eu quero o Meu Raio de Sol!!! É só isso que peço.


quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

ANIMA MEA - “A Minha Alma"


“Estava a Morte ali, em pé, diante,
Sim, diante de mim, como serpente
Que dormisse na estrada e de repente
Se erguesse sob os pés do caminhante.

Era de ver a fúnebre bacante!
Que torvo olhar! Que gesto de demente!
E eu disse-lhe: «Que buscas, impudente,
Loba faminta, pelo Mundo Errante?»

- «Não temas, respondeu (e uma ironia
Sinistramente estranha, atroz e calma,
Lhe torceu cruelmente a boca fria).

Eu não busco o teu corpo... Era um troféu
Glorioso de mais... Busco a tua alma.» -
Respondi-lhe: «A minha alma já morreu!» "

de Antero de Quental, aula de Literatura Portuguesa

sábado, 6 de dezembro de 2008

Manos Cátia e Francisco


Cátia - 17 anos ; Kiko - 5 meses


Saudade


Quando a saudade vem,
Sinto tristeza, respiro com dificuldade.
E quando penso que o tempo não volta atrás,
Sinto vontade de chorar perante esta realidade.

Sinto o coração muito pequenino
E temo pelo seu bem-estar.
É então que começo a pensar
Que dias melhores irão chegar.

As pessoas por quem nutrimos afecto
Tornam-se tão cruciais nas nossas vidas
Que não sabemos
Quantas vidas temos...

A vontade de chorar
Agarra a vontade de gritar
Que é trocada pela vontade de cantar
Para não desanimar.

Porquê tudo tão complicado
Se a vida é tão curta?
Queremos ser felizes mas
Surge então a tristeza, a disputa...

Existem vidas complicadas,
Existem vidas fáceis.
Mas todos têm problemas,
Sejam eles quais forem e
Venham de onde vierem...

Quem somos nós?
O que somos nós?
Seres egoístas ou
À espera de compreensão?
Seres fúteis e inúteis
Ou cada um com a sua missão?
Frios e cruéis
Ou sensíveis e fiéis?

Ou, ou, ou...
Se, se, se...
(“Se cá nevasse, fazia-se cá ski.”)
Onde estão as respostas?

Onde está o passado?
Como se vive o presente?
O que se espera do futuro?
Que resposta tão ausente...!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A Perda


Quando penso no que não vivi, no que não falei, no que devia ter sentido e não senti… sinto raiva de mim mesma. Porque não senti há mais tempo? Porque não perdoei logo, não falei…? Tive medo de ouvir a sua voz da qual eu já estava desabituada e que agora dava tudo para a poder ouvir.
Quem me dera que soubesse que não me ficou indiferente, que eu descobri que o amava cá no fundo e que só percebi com a perda. Quero tanto dizer-lhe isso, abraçar-lhe e pedir-lhe que não fizesse o que acabou por fazer… tive o seu número de telemóvel durante 4 meses… e só agora lhe ligo, só agora quero ouvi-lo. Mas agora quem não fala é ele… quem não me ouve é ele. Agora é a minha vez de sofrer sem ele tudo o que ele sofreu sem mim. E como me custa.
Porque teve de morrer?
Às vezes sinto-me anestesiada quando não sinto a dor da perda, mas outras vezes vem-me à cabeça de uma maneira brusca todos os problemas e sentimentos que tenho. Nem sei como descrever o que sinto. É um grande desespero às vezes, mas quero pensar que aconteceu e que não posso fazer nada. Mas se fosse assim tão fácil…
Quem me dera ter a certeza de que houvesse vida para além da morte. Assim viveríamos com mais calma e com menos medos. Quando alguém morresse não diríamos “Adeus.” para sempre e sim “Até logo.”. Mas acho esta ideia tão fantasiosa… se há vida para além da morte então parece que este é um mundo mágico, que deixa de haver barreira entre o possível e o impossível.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Aconselho



Aconselho-vos a irem ao Blogue da Rita Ferro Rodrigues (principalmente quem gosta dela).
Escreve com o coração, e tem textos engraçados e sentimentais.
E, para mim, é boa pessoa (pelo que posso ver na tv) e uma boa profissional.
Aqui fica o endereço do seu Blogue:

http://sorriso-do-bisturi.blogspot.com/