O meu raio de Sol já nasceu, mas ainda não chegou à minha vida. Pelo menos, a tempo inteiro não.
Ainda é o Sol que o guarda. O Sol e o Universo. Tentam definir qual o melhor futuro para esse raio. E eu... eu não tenho voto na matéria. Ajo como uma espectadora atenta, esperando pela resposta que me há-de salvar a vida e sanidade mental, ou irá destruir-me completamente.
O Sol guarda-o bem, não haja dúvida. Tornou uma luz ténue numa luz brilhante e risonha. É tão belo o meu raio. Quando olho para ele, não é a sua luz que me ofusca. Não. Essa ilumina-me. O que me ofusca é o amor que sinto ao vê-lo. Os meus olhos atentos, quando o posso contemplar, seguem cada gesto, cada expressão... tudo. Porque é essa a minha obrigação: não perder o meu raio.
Todos nós temos um raio na Vida. Ou vários. Aquele é meu. Mas não sei se o Universo compreende isso... o Sol compreende. Mas não é ele que decide. Simplesmente o guarda para não se apagar a luz.
Luz é sinónimo de Vida. Escuro, sinónimo de Morte. Por isso, se o Universo decidir tirar-me o raio, eu fico no Escuro, acabando por morrer lentamente, sem salvação possível. E eu não quero morrer, simplesmente peço o meu raio. Será assim tão difícil?
Mas cuidar do meu raio não será fácil, pois exige muita atenção. A sua Luz nunca poderá morrer. E não morrerá, porque não vou deixar que isso aconteça. Se ficar com o que me pertence, nenhum de nós irá morrer. Nem eu, nem o raio. O meu raio tem de ficar comigo! Por favor, Universo, sê justo comigo uma vez na vida. Não me apagues a Luz. Quanto ao Sol, tem e terá outros raios para cuidar. Mas eu não tenho nem quero ter outro.
Eu quero o Meu Raio de Sol!!! É só isso que peço.